terça-feira, 11 de junho de 2013

Maconha é sim porta de entrada para outras drogas afirma psicóloga Marisa Lobo





O uso da maconha é a porta para outras drogas? Haveria um "caminho" normalmente seguido pelos usuários ou isso não pode ser generalizado? (Ex: primeiro a maconha, depois, cocaína, etc.)

Psicóloga Marisa Lobo Palestrante em um encontro de Vereadores do Paraná




Marisa Lobo: Seguramente sem medo de errar digo que é a principal porta de entrada para outras drogas, a busca desenfreada pelo prazer faz muitas vezes o viciado buscar outras drogas mais potentes, além de sua interação com outras drogas, como o álcool, por exemplo que é um dos principais riscos a saúde física, mental e social, pois deixa a pessoa em questão totalmente violenta, potencializando seus efeitos, podendo até matar em uma overdose, além de com o tempo causar danos irreversíveis no cérebro humano, a ordem de vício nem sempre é essa, mas a maconha está presente em quase a totalidade, como um caminho da degradação.

Quem pode ajudar os jovens e adolescentes a se manterem longe de um vício, como a cola, maconha ou outras drogas? Família, escola, igreja, amigos...?

Marisa Lobo: Todos nós, a questão das drogas é que todos nós somos responsáveis, e muitos de nós somos omissos , precisamos ter em mente que só será possível derrotarmos as drogas se trabalharmos em rede , cada um em sua função porém interligados em uma grande corrente solidária de prevenção, ajuda e obtenção de conhecimento. A igreja tem um papel importantíssimo nessa prevenção e também no tratamento é comprovado cientificamente que jovens que frequentam igrejas com um compromisso espiritual sendo este compromisso cientifico no sentido de conhecimento dos perigos para o físico , psicológico sociais e espiritual das drogas se mantém a distância, porém o que falta é exatamente este conhecimento e diálogo, transparência de não apenas demonizá-la, a droga pode ser o demônio más a pessoa que usa não, ela está sendo eng ana da pelo falso prazer que ela gera.

Em sua opinião, após a descoberta de que um membro da família está envolvido com drogas, como a família pode ajudá-lo a vencer este mal?

Marisa Lobo: Com muito diálogo e sem preconceito, lembrando que diálogo é uma via de mão dupla onde "eu falo más também escuto". O amor tem que ser exigente, amor que exige atitude, um amor que não aceita que um filho se perca pelas drogas, um amor que reconhece seus erros, e não estou falando dos erros de quem é usuário, mas do familiar que não usa. A responsabilidade é de toda a família , ninguém que ser um dependente químico. Quando um jovem / uma pessoa procura as drogas, não é porque quer esse sofrimento, procura porque deseja fugir de algo, buscar uma alegria que não conhece ainda, usa porque é infeliz. Se fosse feliz não usaria, pois usar drogas é exatamente ir atrás de um prazer e encontram nas drogas.

Muitos acreditam que por estarem com sua família dentro da igreja, estão livres de qualquer problema relacionado a drogas. Você concorda com essa opinião ? A Igreja "imuniza" uma família desse mal?

Marisa Lobo: De forma alguma, infelizmente as igrejas não tem cumprido seu papel , não em sua totalidade, repreender , demonizá-la simplesmente não afasta usuários nem jovens delas se formos pesquisar em comunidades terapêuticas do mundo todo, quem são os dependentes verá que cerca de 80% são desviados de igrejas evangélicas, lamento informar más é a estatística, o que nos deixa perplexos, e onde está o erro ? Em Deus ??? Claro que não, está na forma com que a igreja tem trado a questão, a droga afeta o ser humano em 4 dimensões, (bio, psico, social e espiritual) como poderei tratar uma só.


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