quarta-feira, 17 de junho de 2009

IRIDOLOGIA



Escrito pelo Dr. Ícaro Alves de Alcântara

A Iridologia é a ciência que permite, através da observação das íris dos olhos (a porção colorida) traçar o perfil de um indivíduo, desta forma evidenciando como este tende a se comportar física, mental e emocionalmente ao longo da sua vida.

Serve para complementar os métodos semiotécnicos, convencionais ou não, existentes. Propiciando uma visão holística do indivíduo (ou seja, vendo seu perfil e sua saúde como um todo), permite diagnósticos mais completos e mais abrangentes. Além disso, tem importante papel preventivo ao possibilitar ao indivíduo o reconhecimento de áreas do seu corpo mais propensas a lesões e/ou disfunções antes mesmo que estas ocorram.

Este site foi desenvolvido após cuidadosa observação da prática da Iridologia em nosso país; em várias cidades e eventos na área, percebe-se que há excelentes profissionais fazendo uso da Iridologia em sua prática clínica diária, todos com excelentes resultados. Entretanto, há também pessoas menos conscienciosas, incapacitadas ou mesmo premeditadamente praticando incorretamente a ciência. Estas pessoas, propositadamente ou não, denegrem a imagem da Iridologia ao estabelecer diagnósticos errados, firmar condutas terapêuticas incorretas ou até mesmo nocivas à saúde dos pacientes.

Uma vez tendo observado isso, em defesa da ciência da Iridologia e dos seus praticantes, os propósitos deste site são:

Definir Iridologia e explicar claramente seus pormenores, sua serventia...

Desmistificar sua prática, sua abrangência e suas características.
Alertar a população em geral quanto aos maus profissionais, capacitando o paciente a identificar o que um iridólogo deve saber ou ter à disposição para prestar um adequado atendimento.

Como Surgiu

Philipus Meyens foi o primeiro a publicar algo sobre Iridologia, em 1670 em Desden - Alemanha e seu livro fazia um interessante estudo sobre sinais iridológicos e suas relações com determinadas doenças, apresentando um pequeno mapa da íris com áreas representativas de alguns órgãos do corpo humano. Décadas depois foi a vez de Johann Sigmund Eltzholtz (Nürnberg, 1695) se aprofundar mais no estudo de Meyens. Quase um século mais tarde, em Göttingen, Christian Haertls , baseado nos estudos de Meyens e Eltzholtz, lança um polêmico e importante trabalho na área. Mas foi com o médico húngaro Ignatz von Peczely (1822-1911) que a Iridologia começa a ficar conhecida.


Aos 10 anos de idade o jovem Ignatz encontrou uma coruja em uma árvore no quintal da sua casa, nos arredores de Budapeste-Hungria. Ao tentar capturá-la (Alguns dizem que ele foi atacado pela coruja) Ignatz acabou por quebrar uma das pernas do animal; Neste momento, ele pôde observar o aparecimento de uma raja escura em uma determinada região da íris da coruja. Após enfaixar a perna quebrada do animal, Ignatz libertou-o mas o mesmo, com dificuldades em alçar vôo, permaneceu por perto. Dia após dia cuidando da coruja, Ignatz percebeu que, no interior da raja escura que havia aparecido anteriormente, começavam a ser vistas finas linhas esbranquiçadas. A região continuou a mudar de cor até que a coruja finalmente recuperou-se e abandonou o jovem; a esta época, a região antes escura apresentava uma coloração levemente acinzentada. Von Peczely

Anos mais tarde, em 1861, a mãe de Von Peczely adquire uma enfermidade obscura e falece em decorrência da mesma; entretanto, durante o período de doença Ignatz pôde perceber o aparecimento e alteração de coloração de várias "manchas" em ambas as íris de sua mãe. Decide então estudar Medicina, sempre observando e catalogando as íris de seus pacientes e as alterações que as diversas patologias nelas provocavam. Tornou-se médico, posteriormente cirurgião (1867), e em 1881, após árduo trabalho e muitas dificuldades, publicou os primeiros fundamentos da Iridologia, juntamente com o primeiro mapa iridológico "completo" de que se tem notícia na obra "Descoberta no Domínio da Natureza e na Arte de Curar". Nils Liljequist

Na mesma época que o menino Von Peczely fazia suas observações na coruja, um adolescente sueco de 14 anos chamado de Nils Liljequist , caiu severamente doente após uma vacinação. Após ser tratado com iodo, quinina e outros potentes fármacos, ele observou mudanças na coloração das suas íris. Anos mais tarde (1864), após quebrar algumas costelas, novamente observou alterações localizadas na cor das suas íris. Em 1871 publicou um artigo denominado "Quinine And Iodine Change The Color Of The Iris; I Formerly Had Blue Eyes, They Are Now A Greenish Color With Reddish Spots" ("Alteração da coloração iridal por quinina e iodo: Eu possuía olhos azuis que agora são cinzas com pintas vermelhas"). Em 1893, já clérigo e homeopata conhecido, publicou a obra "Diagnóstico a Partir do Olho", contendo um Atlas com cerca de 258 desenhos em preto-e-branco e 12 coloridos de ambas as íris mostrando sua interpretação da relação íris/corpo.

As obras de Peczely e Liljquist (sobretudo) foram muito pesquisadas e aprimoradas na Europa, sobretudo na Alemanha (Pelo dr. Josef Deck) e tiveram grande penetração na medicina natural americana, no início do século XX, habilmente desenvolvidas pelo nutricionista Bernard Jensen.

Abrangência

Toda a constituição do indivíduo encontra-se impressa na íris. E há várias formas de se estudar e praticar a Iridologia de acordo com a ênfase que cada uma destas dá ao conjunto de sinais expresso nas íris.

A Iridologia orgânica tem como proposta possibilitar ao indivíduo o conhecimento da sua constituição e, portanto, suas tendências e limitações, bem como desequilíbrios que estejam ocorrendo em outras palavras nos fornece um panorama atual e pregresso dos órgãos e sistemas de um organismo bem como seu funcionamento.

O Modelo Rayid de análise da íris nos fornece informações àcerca dos aspectos mental, emocional e comportamental, bem como de características hereditárias individuais desta forma melhor podemos analisar e compreender os aspectos psicológicos inerentes à personalidade de cada um e suas tendências reacionais aos estímulos diários.

Linhagens

Encontram-se atualmente disponíveis diversas formas de análise da íris ater-nos-emos àquelas mais utilizadas e com maior comprovação científica ou causal disponível de sua eficácia:

* Iridologia Americana - Analisa a íris correlacionando os sinais observados com os mapas iridológicos desenhados por Bernard Jensen em outras palavras e de forma simplista aponta alterações nos diversos órgãos/sistemas do corpo através da observação de mudanças de coloração por sobre as áreas do mesmo representadas nas diferentes partes das íris;
* Iridologia Alemã - Classifica as íris existentes dentro de constituições e subconstituições pré-definidos de acordo com o conjunto de sinais que exibem Desta forma estabelece modelos orgânicos (sobretudo) e psicológicos acerca dos indivíduos analisados o principal pesquisador deste método foi o dr. Josef Deck na Alemanha;
* Método Rayid - Desenvolvido por Denny Johnson permite a análise estritamente psicológica do indivíduo através da observação dos mesmos sinais interpretados pelos métodos orgânicos;

Há várias outras correntes de Iridologia e tantas outras em pesquisa/desenvolvimento sendo as supracitadas mais largamente utilizadas em nosso país

O Médico Iridologista

A resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), veda aos médicos a utilização de métodos e práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica e portanto é utilizada por alguns para "provar a ilegalidade" da utilização da Iridologia por médicos.

Entretanto, conforme bastante enfatizado neste site, a Iridologia NÃO se constitui em prática ou método terapêutico; Seu propósito é facilitar o DIAGNÓSTICO de agravos à saúde e NÃO tratá-los. Pensando nisso, a AMBI (Associação Médica Brasileira de Iridologia) contactou o CFM para esclarecer o assunto.

Em 06/10/1998, às 16:00h, ocorreu audiência entre o CFM (representado pelos drs. Paulo Behrens e dr. Floriano Riva Filho) e a AMBI (representada pela dra. Liane Beringhs e pelos drs. José Irineu Golbspan e Celso Fernandes Batello); sob o protocolo número 7224/98 do CFM. Entre outras conclusões, ficou entendido que:

"A Iridologia, por se tratar de um método propedêutico, no entendimento dos presentes, NÃO se enquadra nos termos da resolução 1449/98 do CFM."

A Profissão

O Iridólogo examina as íris do seu cliente, através de lupa (lente de aumento) ou câmera (esta última, possibilitando armazenamento da imagem para comparação e evidência posterior), após o que analisa-as quanto a grau de constituição, toxicidade, áreas de fraqueza constitucional localizada...

Feito isto, registra suas IMPRESSÕES diagnósticas e discute-as claramente com seu paciente; se profissional habilitado, propõe tratamento de acordo com seu conhecimento e capacidade; caso contrário, encaminha o paciente para tratamento;

Periodicamente o mesmo pode reavaliar o paciente e demonstrar possíveis alterações nas íris decorrentes do tratamento ou de novos fatores a que este tenha sido submetido.

O que a Iridologia NÃO pode fazer:

* Isoladamente firmar um diagnóstico nomeando patologia(s);
* Tratar um indivíduo a Iridologia é ESTRITAMENTE uma ferramenta semiotécnica que AJUDA o profissional qualificado a fazer seus diagnósticos e ORIENTA a terapêutica podendo servir como indicativo auxiliar da eficácia do mesmo;
* Substituir os exames convencionais a Iridologia pode mostrar que órgãos/sistemas do corpo devam ser pesquisados na investigação de uma patologia mas NUNCA diagnosticá-la sozinha;
* Nomear doenças: A atribuição da patologia ou quadro clínico que o paciente eventualmente apresente depende unicamente do profissional de saúde que o examina por implicar no estabelecimento de correlações anátomo-funcionais;
* Confirmar ou descartar gestação;
* Identificar e/ou localizar procedimentos cirúrgicos a que o corpo tenha sido submetido;

Ícaro Alves de Alcântara
Médico e Homeopata
CRM-DF 11639
www.icaro.med.br
icaro@icaro.med.br